segunda-feira, 12 de julho de 2010



Os profissionais de audio geralmente se esquecem de sua ferramenta mais importante, seu ouvido e desprezam tecnicas, proteções e cuidados com ele.

Uma doença muito comum em profissionais que trabalham com audio é o Tinnitus, e é facilmente detectado, curavel e prevensivel.
Cuide-se! Sua saúde agradeçe. haha (:
O que é Tinnitus?

Tinnitus pode ser descrito como um som parecido com campainhas no ouvido e outros barulhos dentro da cabeça que são percebidos na ausência de qualquer fonte de barulho externa. Nos Estados Unidos foi feito uma pesquisa em que 1 entre cada 5 pessoas experimentam algum grau de tinnitus.

O Tinnitus é classificado em duas formas: objetivo e subjetivo.

Tinnitus objetivo:

A forma mais rara, consiste em barulhos na cabeça audíveis até para outras pessoas, além do pessoa que esta sofrendo do mal . Os barulhos normalmente são causados por anomalias vasculares, contrações musculares repetitivas, ou defeitos estruturais no ouvido interno. Os sons ouvidos por quem sofre de Tinnitus, são gerados fora do sistema auditivo. Nesta forma de Tinnitus, um audiologista pode ouvir os ruídos na cabeça do paciente através de um estetoscópio. Causas benignas como, aberturas das trompas de eustáquio, ou contrações de musculares repetitivas podem ser a causa de Tinnitus objetivo. A pessoa que sofre de Tinnitus pode ouvir a pulsação do fluir da artéria carótida ou o ruído contínuo do fluxo venoso normal pela veia jugular quando em um ambiente tranquilo. Também pode ser um sintoma inicial do aumento da pressão intracraniana que é geralmente mascarado por outras anormalidades neurológicas. Os sons podem surgir de um fluxo turbulento gerado nas estruturas venosas comprimidas na base do cérebro.

Tinnitus subjetivo:

Esta forma de tinnitus pode acontecer em qualquer parte do sistema auditivo e suas causas são muito menos compreedidas, o que tem gerado um grande debate. Qualquer parte do canal auditivo e sua ligações com o cérebro pode estar envolvido. Os sons podem variar de uma campainha metálica, zumbidos, sopros, rugidos, ou às vezes até semelhante um ruído de metais batendo, estouros, ou batida aleatórias. Pode ser acompanhado por perda auditiva condutiva ou neurosensorial, evidenciada em testes audiométricos. Outras situações e síndromes que podem ter o Tinnitus, como sintoma, são a otosclerose, a síndrome de Menière, e as lesões cocleares ou do nervo auditivo. Perda auditivas, hiperacusia, e problemas de equilíbrio podem ou não estar presentes em associação ao Tinnitus.

O que nós ouvimos ?

Muitos que sofrem de Tinnitus, relatam em grupos de discussão on-line que o som do Tinnitus, se parece o ruído de fundo emitido por alguns monitores de computador ou televisores. Outros informam que os ruídos se parecem com o assobiar do vapor de uma chaleira, água corrente, grilos, sinos, copos quebrando, ou até mesmo serras para metal. Alguns informam que o Tinnitus aumente temporariamente seu volume com movimentos bruscos da cabeça durante exercício aeróbicos, ou em cada sacolejo durante as passadas de uma corrida.

Quem sofre de Tinnitus objetivo podem ouvir o barulho rítmico apressado causado pelo próprio pulso, forma conhecida como Tinnitus pulsátil. Em um banco de dados de 1544 pacientes com Tinnitus, 79% caracterizaram o som como um tom intensidade média 7.5 (numa escala subjetiva de 1 a 10 onde 10 é o máximo). Os outros 21% caracterizaram o som como "ruído" com uma intensidade média de 5.5. Quando comparado a uma fonte de ruído externo, a intensidade média foi 7.5 dB acima do limiar auditivo. 68% de pacientes puderam ter o Tinnitus mascarado por sons 14 dB ou menos acima do limiar. A origem interna dos sons de Tinnitus foi percebida por 56% dos pacientes como estando presente em ambos os ouvidos, 24% em algum lugar dentro da cabeça, 11% no ouvido esquerdo, e 9% no ouvido direito.

Cuidados médicos

Formação de Cera e ou sujeiras no Canal Auditivo:

Se você estiver experimentando sintomas de Tinnitus, este é um das primeiras coisas para a qual você deveria checar. NUNCA tente introduzir, e/ou fazer qualquer tipo de sucção no canal auditivo ou pedir que o façam, isto só poderá ser feito por um médico habilitado caso seja necessário, lembre se que a automedicação pode causar sérios danos. Um grande número de medicamentos para lavagem estão disponíveis nas farmácias, que irão limpar o canal auditivo de uma maneira suave e segura. Mas antes converse com o seu médico.

Infeções graves no canal auditivo:

Muitos casos de Tinnitus acontecem logo depois de infeções sérias do ouvido. Mas o Tinnitus pode estar relacionado ao uso de antibióticos ototóxicos.

Alto nível de Colesterol no Sangue:

O alto nível de Colesterol no sangue entope as artérias que provêem oxigênio aos nervos do ouvido interno. Reduzindo seu nível de colesterol poderá reduzir seu Tinnitus.

Anormalidades vasculares:

As artérias podem ficar muito próximas das estruturas do ouvido interno ou do nervo auditivo. Isso às vezes é corrigido através de uma delicada cirurgia.

Stress:

O Stress não é uma causa direta de Tinnitus, mas geralmente fará um caso já existente piorar.

Dietas e Estilo de vida:

Como a tensão, uma dieta pobre pode piorar um caso existente de Tinnitus. Álcool, tabaco, cafeína, quinino/água tônica, bem como altos níveis de consumo de gordura e sódio podem causar uma piora no quadro de Tinnitus de algumas pessoas.

Hipertensão Intracraniana:

Hipertensão Intracraniana pode causar Tinnitus pulsátil. Se você pode parar o seu Tinnitus através de uma pequena pressão no pescoço no lado afetado, esta é uma indicação de que seu Tinnitus provavelmente pode ser causada por hipertensão. O modo definido anteriormente para descobrir a causa do Tinnitus simula uma leve obstrução na veia que alimenta o cérebro Consulte seu médico e peça para ele conferir se sua pressão de Abertura é mais alta que 200.

Drogas Otóxicas :

Muitos dos medicamentos podem causar Tinnitus e/ou perdas auditivas, que podem ser permanentes ou podem desaparecer quando o dosagem for reduzida ou eliminada. Antes de começar tratamento com qualquer medicamente, as pessoas que sofrem de Tinnitus deveriam perguntar sempre para o farmacêutico e/ou seu médico de confiança pelo potencial de efeitos colaterais ototóxicos. Estas drogas incluem; analgésicos a base salicilatos (doses mais altas de aspirina), sódio de naproxen (Naprosyn, Aleve), ibuprofen, muitos outro anti-inflammatorios não-esteroides, antibióticos de aminoglycosidos, anti-depressivos, diuréticos volta-inibidores, quinino/anti-malária, contraceptivos orais, e quimioterapia,.

Exposição a ruídos

Exposição excessiva à ruídos tais como: armas, artilharia, aeronaves, cortadores de grama, cinemas, shows, boates , construção pesada, etc, podem causar danos auditivos permanente. Algumas pessoas informam fadiga auditiva ao dirigirem automóveis por longas distâncias com as janelas abertas. Qualquer pessoa regularmente exposta a estas condições deveria considerar o uso de EarPlugs ou outro tipo de proteção auditiva.

Como eu posso Evitar Adquirir Tinnitus?

Evite as causas listadas acima. Realmente. A principal causa de Tinnitus é a exposição a ruídos excessivamente altos. Ou evite essas situações ruidosas, ou use proteção auditiva, como descrito abaixo. Concertos de rock, cinemas, boates, locais em construção, armas, ferramentas elétricas ou pneumáticas, fones ouvido e instrumentos musicais são algumas das coisas que podem ser perigosas para a sua audição. O dano pode ser o resultado de uma única exposição ou de trauma cumulativo. Há "Ouvidos sensíveis", e "resistentes"; o que pode gerar dano a um indivíduo, pode não causar dano a outro. Se você sempre experiência zumbidos temporários depois de uma exposição a sons VOCÊ ESTÁ TENDO UM SËRIO RISCO DE TER TINNITUS E/OU PERDA AUDITIVA. Se você já tiver Tinnitus, eduque sua família, amigos, e vizinhos de forma que eles possam manter a audição deles saudável.

O que fazer para proteger a sua audição?

Earplugs (ou protetores auditivos)


Usar earplugs é uma maneira de proteger sua audição contra lesões, bem como permitir que sua audição descanse sem estímulos externos. A faixa de atenuação pode variar conforme a freqüências: assim, se você é um músico ou técnico de som, você pode querer comparar preços de um earplug com resposta frequencial plana. Os dispositivos de proteção auditiva disponíveis no mercado tem seu Fatores de Redução de Ruído (NRRs) especificados pelos próprios fabricantes em condições ideais de laboratório e podem não refletir o desempenho real em situações do dia a dia. A maioria dos earplugs obtém uma média de 20dB de redução de ruído. Uma redução máxima de ruído (aproximadamente 50dB NRR) pode ser alcançado usando Earplugs em combinação com abafadores tipo concha, mas mesmo assim *algum* ruído será percebido por condução dos ossos do crânio em situações de volume extremamente altas. Os seguinte tipos de dispositivos de proteção auditiva estão disponíveis:

Earplugs moldavéis

Os moldáveis podem ser feitos em espuma, silicone, e cera e se ajustam ao canal auditivo. Por se ajustarem à forma do canal auditivo, estes são os melhores dispositivos de proteção de audição disponível hoje em dia, com NRRs que variam de 15-33dB. Com a vantagem de serem baratos, são facilmente encontrados em farmácias e lojas de material esportivo, e é reutilizável.

Earplugs Pessoais (Sob encomenda)

Este tipo de Earplug são feitos a partir de um molde tirado do canal auditivo do paciente isto deve ser feito por um profissional habilitado. O fator de redução de ruído obtido, varia de 27-29dB NRR, com o custo médio de US$ 30-70 nos Estados Unidos. (nota do tradutor: no Brasil ele é feito em empresas de aparelhos auditivos)

Earplugs com Filtro para Músicos

São uma variação dos Earplugs pessoais. que oferecem uma atenuação linear em uma larga faixa do espectro de freqüências. A atenuação sonora varia de 15-20dB NRR, e o custo médio é de US$ 50-150 nos EUA.

Cuidados com a audição

1º. Abafadores de ruído

Ruído, barulho, são os sons, quaisquer sons, que contrariamente aos demais, nos incomodam. A definição não é minha, mas do decano dos acústicos, Prof. Nepomuceno. O uso de abafadores por profissionais durante seu mistér, qualquer mistér, dentro do arquétipo de nossa cultura, é tido "como mais uma atitude de um profissional sistemático", um chato de galocha, um encrenqueiro ou, no mínimo, um bunda-mole que vai arrumar encrenca trabalhista com o patrão assim que puder. Há ainda a questão do orgulho, da vergonha pessoal e do machismo, todos eles tidos e havidos devido à nossa particular cultura latino-americana. Portanto, para não perder o emprego (ou a pose), ele se recusa a usá-los. O patrão, pelo seu lado, também divide a mesma ignorância com o primeiro, pagando-lhe um acréscimo salarial pífio, a título de insalubridade, exatamente como um cala a boca da sua consciência.

Se o ruído é parte integrante do nosso labor, cabe ao patrão não somente o fornecimento do melhor E.P.I (equipamento de proteção individual) e do acréscimo salarial (como impostos pela Lei), mas sim e antes de tudo, uma busca contínua da redução de ação deletéria da fonte, eliminando, como conseqüência direta do seu labor inteligente, a causa da necessidade do uso dos EPIs e do pertinente aporte salarial (o que os sindicatos, filhos-de-uma-boa-mãe-que-trabalha-na-horizontal, não aceitam, e mesmo desestimulam com ameaças tal iniciativa do empregador !!).

Se você notou que raros operadores de PA e estúdios se valem da tecnologia para manter uma perfeita audição na faixa dos seus 50/60 anos (quando sua experiência e cumulação técnico-cultural são máximas), então observe o que ocorre, por exemplo, nas situações mais corriqueiras do seu entorno, como aquela do motorista de táxi e de coletivos; das operadoras de telefonia/telemarketing; daquele que trabalha com cantaria e por aí vai... uma legião de futuros velhos(as) chatos(as), surdos(as), dependentes de próteses pagas com o dinheiro dos seus e dos meus impostos.

Os abafadores intra-aurais (in-ear earmuffs) são excelentes inclusive para ruídos impulsivos (como existem no universo do percursionista, por ex.) ou aqueles com forte atuação na parte superior do espectro (sintetizadores e metais, idem). Tipicamente, sendo do tamanho certo para o canal auditivo do usuário e, corretamente introduzidos, eles atenuam cerca de 25 dB SPL entre 2 e 4 KHz. Seu uso é indicado para os casos em que a fonte de ruído tem seu espectro basicamente centrado nestas oitavas e possui intensidade de até 85 dB(A). Apesar da forte atenuação, é notável como um trabalhador sadio rapidamente encontra seu ponto de equilíbrio, mantendo perfeita inteligibilidade do entendimento de instruções faladas e, com mais algumas horas de uso, até mesmo o nível da sua própria voz volta ao normal. Ele está protegido e perfeitamente integrado ao meio. Aqueles que usam este dispositivo no dia-a-dia, na falta de melhor expressão, o chamam de ar-condicionado-de-ouvido. É indescritível a sensação do profissional que, após a lavagem dos canais auditivos externos, se submete ao seu uso contínuo, dioturno, durante duas ou três semanas antes da avaliação (mensuração) anual da sua acuidade auditiva. Quando retirados, durante aqueles primeiros instantes que se sucedem ao ato, a percepção ampliada do entorno, lembra uma viagem, dizem os mais experientes. Seja o aumento da percepção auditiva, seja a dura realidade das horas seguintes, apenas reforçam a noção do quanto de agressão continuamente nossos ouvidos sofrem entra dia, sai dia. Após tal experiência, você se tornará mais um convertido, como eu em minha própria época.

Níveis no entorno acima de 85 dB(A), que seguramente são o nosso caso, necessitam de mais cuidados. A atenuação deve ser imposta utilizando-se os abafadores in-ear + circunaural. Aquele intra-aural deve necessariamente ser do tipo moldável (bem colocado, atenuação típica de 23 dB SPL) contendo uma película de silicone envolvendo a massa moldável. Podem ser reutilizados e re-higienizados indefinidamente e sua durabilidade se aproxima dos 20 anos. Aqueles circunaurais são encontrados em diversas apresentações, entre as quais a mais comum e burra é aquela que exerce forte pressão sobre a caixa craniana. Corretamente, a estanqueidade deve ser obtida pelo uso de uma fina película moldável, cheia de líqüido, amigavelmente aplicada sobre a caixa craniana e as hastes do um eventual óculos.

A KOSS no passado introduziu o conceito da almofada com fluído de silicone no seu interior (na sua arqui-famosa e saudosa série KOSS PRO4), mas ela não está no negócio de atenuadores. Excelentes sucedâneos podem ser encontrados junto à BOSE - http://www.bose.com/products/aviation/military/benefits.html , com seu produto de atenuação ativa, ou a DAVID-CLARCK - http://www.davidclark.com , com seus artefatos passivos (ambos habitualmente fornecem para as forças armadas usanianas e para a aviação civil de asas rotativas e fixas).

Bem colocados sobre nossas cabeças, um produto brasileiro (temerariamente classificado como) de tipo similar àqueles atenua entre 12 e 18 dB SPL (não acreditem nos prospectos técnicos fornecidos, eles são feitos para acalmar a consciência daqueles que acreditam em fábulas; o papel aceita tudo !).

E antes que você me pergunte, eu lhe digo que sim, as atenuações se somam algebricamente: 23 + 15 = 38 dB SPL de atenuação, que não é muito em uma posição do palco onde o músico continuamente é submetido a um banho de 120 dB(A). Por outro lado, cabe ao acústico prescrever o uso de abafadores que, operando em tandem, apresentem ação complementar (não valendo os 38 dB SPL, portanto) ou não (agora valendo). Cada caso é um caso e o profissional deve entender a natureza do uso destas próteses exatamente como encararia aquela de um óculos prescrito por um oculista.

2º. Fonte sonora

O sistema auditivo é extremamente sensível ao ruído impulsivo e como ato reflexo, uma auto-proteção, num primeiro momento ele instantaneamente endurece, diminuindo sua sensibilidade por um período que varia desde algumas horas até dias. A perda da sensibilidade (parece que eu fiquei um pouco surdo, mas agora já passou, estou bem... ) é indicativo seguro de comportamento pós-traumático, isto é, pós lesão auditiva, que, desafortunadamente no presente estado-da-arte, é cumulativa e irreversível. Os EPIs existem para os casos sem outra solução imediata e certamente de óbvia necessidade.

O que o profissional que depende do ouvido precisa entender é que o assédio aos seus ouvidos também advém continuamente de fontes mais comuns e absolutamente insuspeitas quanto à capacidade de lesão, tais como: os esportes ditos radicais e marciais; a prática do ski aquático e mesmo daquele de neve; a motocicleta; o mergulho com ou sem equipamento de sustentação de vida; os humildes telefones celulares e de fio; os automóveis e coletivos de interior barulhento [um veículo barulhento por projeto, mesmo em bom estado, tem ruído interno entre 75 e 100 dB(A), dependendo da velocidade, do piso e marchas utilizadas! Praticamente todos os veículos esportivos ou de baixo custo aqui produzidos se enquadram nesta categoria]; além dos onipresentes assassinos de sempre os fones de ouvido, apenas para citar as mais comuns.

Outra importante fonte de risco gratuito são as drogas oto-tóxicas, presentes no cigarro, na aspirina e nos antibióticos (drogas à base de quinino, por exemplo, com quatro anos de consumo contínuo geram um indivíduo clinicamente surdo, como tive a triste oportunidade de conferir). Em alguns cruzamentos desta cidade (falo de São Paulo) apresentam acréscimos no ruído (o roarr, ou ruído residual de tráfego, se assemelha a um pink noise com reforço de graves e filtragem adicional nos agudos) de cerca de 2 dB(A)/ano, ano após ano!

No palco, é necessário se ter a percepção de que um músico não escuta o outro como consequência direta do barulho que geram contra si, para o qual, até certo limite, o ouvido responde com uma perda momentânea da sensibilidade. Aí, o cara pede um retorno mais alto, que por sua vez interfere no companheiro mais próximo que vai se queixar com o cara do som... fechando o círculo vicioso. Na Inglaterra, onde a surdez de toda uma geração de jovens se tornou um problema endêmico, em qualquer ponto de um ambiente fechado onde música seja executada, por lei, o limite legal é 85 dB(A). Na Suécia, por outro lado, assim como no Brasil e EUA, podem ser medidos níveis constantes de 120 dB(A) sem que a lei seja infringida, o que é um contra-senso perante as Leis Trabalhistas que limitam o barulho a 85 dB(A)!

Músicos e público deveriam estabelecer centros de diversão user friendly, politica e ecologicamente corretos, onde, em nome da nascente Ecologia Urbana, a música possa ser apreciada em níveis não lesivos, aliás como sempre se fez até o fim do primeiro quarto da década de sessenta.

3º. Percepção de ruídos estranhos.

Não é verdade que apenas indivíduos com Tinnitus Objetivo escutem ruídos orgânicos; indivíduos sadios também têm esta faculdade. Assim que se reduz o nível do ruído residual para abaixo da fronteira dos 27 dB(A), embora o instrumento de medição possa descer ainda mais (existem instrumentos que alcançam, consistentemente, leituras de até mesmo 8 dB FLAT), de maneira diretamente proporcional começam a serem ouvidos ruídos misteriosos como o ruído browniano das células do nosso corpo, e das batidas do coração e da própria circulação do sangue pelos vasos próximos ao sistema auditivo. Esta não é uma situação agradável. Habitualmente causa pânico ou forte depressão aos menos avisados e que, se continuada por longos períodos, leva a complexos desajustes de comportamento social [no Canadá e Índia, existem extensos relatos de pessoas comuns e antes saudáveis que simplesmente enlouqueceram com a associação de silêncio (Canadá) ou barulho (Índia) com o isolamento social]. Nesta nossa evolução a partir de seres organicamente inferiores, não foram previstas tanto a situação de barulho como silêncio extremos. Ambas situações são não-naturais.

4º Quão sensível é um ouvido sadio?

Consistentemente, em um ambiente de 27 dB(A), observei a audição claríssima (a metro e meio) do vibrar do pequenino filamento de uma lâmpada halógena de 100 watts governada por um dimmer comum. Outro exemplo que causa absoluta perplexidade em muitos é a audição do ruído gerado pelo funcionamento da CPU das antigas calculadoras científicas de mão (especificamente, as Texas 51 e 51-II). O fator que limita uma audição mais clara destes e outros fenômenos físicos que nos rodeiam nesta e abaixo da fronteira do nível residual de 27 dB(A) é justamente o fato de também serem mais claramente audíveis os nossos próprios ruídos orgânicos.

Alguém que me lê, após este ponto, poderia questionar com razão da validade em se perseguir níveis residuais para estúdios abaixo dos 25 dB SPL. Sob um residual de 15 dB SPL não somente ruídos mecânicos espúrios serão claramente audíveis (e captados pelo microfone) mas também o serão ruídos orgânicos do próprio interprete (em pianíssimo, além dos sons acústicos, também passam a serem audíveis a respiração do artista, bem como aqueloutros oriundos do funcionamento do seu estômago e intestinos que, se a Lei de Murphy valer, coexistirão em determinadas situações). Estúdios realmente silenciosos necessitam não somente de melhores microfones, mas também de um refinamento das atuais técnicas de seu posicionamento.

É extremamente saudável o surgimento de uma consciência coletiva (entre os profissionais desta nossa área) sobre a ação do ruído sobre as limitações físicas deste extraordinário órgão sensorial que são nossos ouvidos. Público, produtores e agentes deveriam, pelo seu lado, também entender que músicos e demais profissionais que gravitam neste entorno, como quaisquer outros trabalhadores, querem e precisam ter uma extensa e profícua carreira. Antes do Tinnitus, há a ocorrência da Surdez Profissional -ainda hoje absolutamente comum entre assalariados- cujo sofrimento e prejuízos induzidos podem ser potencializados pelo acréscimo do Tinnitus. O que já era um drama torna-se uma cruz inesquecível 24 horas/dia, todo dia, entra ano sai ano, até a morte do infeliz (é altíssima a ocorrência de suicídios durante as crises de depressão induzidas pelo Tinnitus).

Espero que dentre aqueles que leram estas notas ninguém apresente deficiência auditiva induzida pelo exercício de suas atividades profissionais e que, para todos os sadios, não custa lembrar, firmemente recomendo a Acupuntura como ferramenta adicional -além da observância de todas aquelas recomendações descritas aqui e no artigo "Tinnitus", nesse site- para a contínua manutenção deste estado saudável que é a audição plena, por um período de tempo que adentre pela terceira idade.

P.S.: O ruído é parte integrante do universo do músico e daqueloutros profissionais que gravitam no seu entorno e que fazem ser possível a existência da indústria do entretenimento como ela é. Uma visão técnica e desapaixonada deste problema é possível, é viável, e deve começar no íntimo de cada um de nós. Contrariamente ao que lerá adiante sobre valores normatizados, é necessário entender que você é um ser sem igual em todo o universo; existem pessoas parecidas, mas nunca iguais a você. Assim, embora existam valores normalizados em diferentes legislações de diferentes paises, elas se referem tão e somente à média das pessoas. Para você...

Aquilo que realmente interessa é exatamente como seu particular organismo reage a um stress sônico. Delimite seus próprios parâmetros para aquilo que lhe é ou não permitido pelo seu próprio organismo. esta é a sua lei, a única que organicamente deverá obedecer, por toda a sua vida.

Pioneer lança CDJ 2000 e CDJ 900 !

Parece que a Pioneer também quer entra na briga da discotecagem digital. Lançou hoje (17-09-2009) as CDJ 2000 e 900 com suporte a Midi, Cartões SD, Pendrivers e uma tela enorme para controlar a sua biblioteca...






CDJ 900




CDJ 2000





Frente CDJ 2000

É meu amigo... esta GRAÇINHA aqui em cima, está AVALIADO em APENAS 2100 Euros?

O que você acha? rs '

domingo, 11 de julho de 2010


FL Studio é um dos melhores estúdios virtuais da atualidade. Você pode criar músicas e loops em formato WAV, MP3 e MIDI em poucos minutos. Ele também reproduz arquivos de modelo (WAV) e gera (sintetiza) instrumentos. A interface é impressionante, tão realista que irá suscitar as forças mais criativas do compositor.
A aplicação é um seqüenciador adequado para a criação de músicas complexas e loops de bateria, com mixagem interna de 32-bit e suporte MIDI avançado. A música ou loop resultante pode ser exportada no formato WAV/MP3 e todos os eventos MIDI podem ser exportados para um arquivo padrão MIDI.
FL Studio é baseado em padrões, o que significa que você pode criar músicas em “pedaços” (patterns ou padrões) usando um seqüenciador passo a passo e um piano virtual para visualização na janela de reprodução. Você pode adicionar vários efeitos nos instrumentos (reverberação, phaser, flanger, etc.) e conduzir as faixas mixadas do jeito que você quiser.
O software conta com suporte VST, VSTi e Dxi. Também trabalha em conjunto com programas como Cubase e Sonar. Esta versão inclui sintetizadores de guitarra, piano e teclado, com leitura a 24-bit e opções de desfazer/refazer no histórico.

Problemas Ableton Live junto com Traktor


Bem, faço meus sets e toco ao vivo no Traktor PRO pois tenho vasto conhecimento, experiência e flexibilidade com o programa. Para produzir comecei a trabalhar e aprender com o Ableton Live, como sou iniciante no programa não posso falar muito, conheço ele a anos mas por algum motivo não havia me interessado no mesmo.


De inicio posso dizer que o Ableton Live é o programa com mais possibilidades que conheço, mas em compensação é de longe (muito longe mesmo) o mais burro que pode existir.
Podem jogar as pedras, mas é fato que o software não consegue fazer o warp (semelhante ao Beat Grid do Traktor) de nenhuma musica, ao menos para mim foi isso que aconteceu. Mesmo que testei com várias musicas de BMP "travado" sem nenhuma alteração mesmo.
Sem contar que fazer o warp é chato e demorado, se você trabalha com algum estilo de musica que tem variação de BMP poderá ter problemas de calvice precoce.


Ainda há um porém, no começo estava eu tentando importar minhas mp3 para o Live, quando na maioria delas me deparava com a mensagem de erro "could not be read. It may be corrupted or not licensed", tradução livre: "o arquivo não pode ser lido, Está corrompido ou não possui licença". Tendo esse como um problema sério em relação ao Live pesquisei para obter uma resposta do porque disso.


Obtive-a:
O Ableton Live não abre nenhum arquivo com dados do Traktor gravados nele, por algum motivo ele os reconhece como corrompidos. Grande mer* em Live!


Sabemos que no Traktor quando você ajusta o Beat Grid, ou insere um CUE ou LOOP ele é salvo na tag da musica. Isso é ótimo afinal nenhum arquivo secundário é criado (ao contrário do Live ou Torq), e todas as informações e personalizações são salvas no arquivo mp3. Então se você copiar esse arquivo (mp3) para outro lugar, renomear, fazer qualquer alteração nele, desde que não apague suas tags, o Traktor vai reconhecer seus CUEs, LOOPs, etc, como se nada tivesse acontecido.


Se você como eu deseja continuar utilizando o Traktor e o Live "juntos", o jeito então é copiar os arquivos mp3 que deseja utilizar no Live para uma pasta separada e apagar todas suas tags, ou transforma-los em "wav".
By: Fernando Becker

BCD 2000/ BCD 3000 e Virtual DJ





Neste artigo DJ Caco conta um puco de sua história e nos repassa seu conhecimento em relação a BCD2000/3000 e o VirtualDJ.

Sou um DJ do "tempo das pickup's" hehehehe tenho 35 anos e tinha certeza de que mixar tinha perdito totalmente a graça com o fim do vinil...
Isso rolou por uns 10 anos (última vez que fiz uma mixagem na vida!)... até que experimentei uma controladora midi da Behringer e fiquei babando...
Tá certo... tá certo... nunca usei outras controladoras e graças a Deus passei batido pelos CDJ's (cheguei a experimentar um no começo dessa onda de CDJ mas achei uma porcaria)... de qualquer forma, depois de ver vários prós e contras entre a BCD2000 e a BCD3000 optei por comprar uma controladora Behringer BCD3000... me custou cerca de R$ 500,00 no Mercado Livre (sei que no E-Bay ia sair BEM mais em conta mas sabe como é estava com a maior fissura pra pegar logo o brinquedo novo) e acho que ela cumpre MUITO BEM o papel a que se dispõe.
Tá certo... é Behringer (na "minha época", Behringer era o CCE dos DJs - tive um mixer Behringer que era um lixo... as conexões sequer tinham blindagem... apitava mais que chaleira em festival de chá no interior da Inglaterra... uma droga) dada essa experiência cometí o crime de ABRIR A CONTROLADORA!
Pois é... abri a bichinha pra saber se era como meu velho mixer e também por causa de um dos botões de Search estava um pouco preso... tinha uma sugeirinha embaixo dele.
Lembro que lí alguns posts sobre problemas de aterramento com a BCD3000 e Notebooks... achei que ia encontrar uma verdadeira bagunça mas para minha surpresa, as placas estavam muito bem organizadas e com cabos isolados e razoavelmente aterrados (podia ser um pouco melhor mas não está ruim)...
Então liguei o bichinho e experimentei o Traktor LE. Sem perder muito tempo falando do LE, vou resumir dizendo que este software é uma bosta. Pegaram o Traktor que é um programa excelente de mixagem (eu prefiro o Virtual DJ por causa da interface) e transformaram em uma bosta... em algum idioma LE deve ser sinônimo de bosta.
Então liguei o bichinho no Virtual DJ (estou utilizando a versão 5.2 pro por enquanto) e começei a brincar... tudo uma maravilha... conectei minhas velhas e conservadíssimas MK2 para ver como o BCD3000 funcionava como mixer e como seria o comportamento do VDJ e depois caí dentro das mixagens com MP3...
Como ví em vários blogs pessoas com dificuldade para configurar o BCD3000 no VDJ, aqui vai a dica:
Entra em CONFIG, seleciona a aba SOUND SETUP e deixa tudo assim:

Imputs: NONE
Outputs: HEADPHONES
Sound Card: ASIO DRIVER
Em Asio Driver (que vai abrir depois que vc selecionar o Sound Card): BCD3000 ASIO
Eu deixei marcado Ultra-Latency ASIO não sei o que isso faz mas não notei diferença entre marcar e desmarcar (ótima ajuda né?)
E em Output channels: Master Chan 1&2 / Headphones Chan 3&4
Em ASIO Config, deixei o padrão de instalação do driver do BCD3000.

Sei que no BCD2000 a coisa é configurada diferente... tem um programinha que é o MID RULES para baixar (foi feito por internautas) pra fazer o controlador funcionar...
Isso acontece porque o BCD2000 não é exatamente um controlador MID... o BCD3000 é... pelo menos foi o que lí por aí não sei se é verdade mas parece que o BCD2000 só funciona direito com o MID RULES que não foi a Behringer quem fez.
Bom... voltando pro post... instalei, configurei e tudo funcionou extremamente bem... cortes limpos no fade suave... bom controle de volume master e ganho... controles precisos nos volumes A e B... os botões de equalização Low, Mid e High funcionam bem assim como seus respectivos botões kill... o controle do pitch não é "bobo"... tem um "peso" na medida certa (não como nas MK2, claro mas na medida certa) e seu ajuste é configurável no VDJ.
O botão Search é um pouco inútil e não oferece grande controle mas gostei muito do botão Bend. Pra quem não conhece, esse botão simula aquele "toquinho" que da gente dava no prato da pickup para ajustar as batidas... na prática, ele aumenta (Bend +) ou diminui (Bend -) temporariamente a velocidade da música para um ajuste fino no sincronismo das batidas entre os decks A e B.
Aliás, por falar em sincronismo, o botão Sync é a maior moleza das novas tecnologias para mixagem... cara... o que antes a gente ficava ajustando no ouvido, hoje em dia a gente ajusta no botãozinho... ainda dá para ver no visor de tempo da faixa (azul e vermelho correspondendo aos Decks A e B) para ver se encaixou mesmo... e confirmar no pico da curva de equalização (tudo muito gráfico) que a batida está no "tempo" da música... se não estiver, a gente ajusta utilizando as teclas Bend + ou -... fala sério... hoje, só não é DJ quem não quer ou não sabe dessa moleza!
Outra "moleza" são as teclas CUE e RELoop... hoje em dia, podemos marcar vários pontos dentro da música com SET CUE e depois retornar a eles com o botão CUE... No VDJ com o BCD3000, esse retorno só funciona para o último... para os outros, temos que utilizar o mouse.
Já os Loops a gente cria facilmente utilizando a tecla SET LOOP para marcar o início e o término do loop e depois apertamos RELOOP para manter a música naquela faixa pré-determinada repetindo infinitas vezes até que apertemos RELOOP novamente, desabilitando esta função... e aí a música continua.
Eu gosto de apertar rapidamente SET LOOP duas vezes seguidas para pegar o tempo em 1 ou 2 e ajustar para 4, 8 ou 16 com o mouse (não tem jeito... tem que usar o mouse mesmo)... isso garante maior controle na hora de utilizar os loops.
Lembra daquela porcaria de ponto de mixagem microscópico que tínhamos em algumas músicas? A-CA-BOU! Nunca foi tão fácil mixar! A gente escuta o trecho da música que queremos repetir, setamos o loop, apertamos o botãozinho Sync e pronto! Feliz mixagem para todos! Depois é só fazer o corte e mandar a música seguir adiante...
Só não gostei mesmo (no começo) do disco de Scratch... no BCD3000 ele é chamado pelo pequeno nome de PITCH BEND/CUE SEARCH ou como gosto de chamar PIBCUS (hehehehe) no começo, com o padrão de instalação do VDJ as funções PITCH BEND e SCRATCH são bem mornas... o prato não tem lá muita sensibilidade e fica praticamente impossível fazer um Scratch decente... no começo fiquei bastante decepcionado com ele... ia ser bem chato se eu só pudesse fazer Scratch com as MK2... resonví o problema pesquisando na net e baixei um executável que é um plug-in para o VDJ que permite configurar mais algumas funções do BCD2000 e BCD3000... este plug-in é o VDJ_BCD2000_Mapper_v3.3 o link para baixar esse programinha estará no final deste post... na prática, a versão 3.3 para o Mapper é feito para o BCD2000 mas ele funcionou redondinho com o BCD3000. Estou esperando a versão 3.4 dele baixar no e-mule pra poder experimentar... o programa é pequenininho mas o raio do usuário que tem ele para compartilhar nunca tá on-line. Raios!
Bom... se você fez como eu e instalou o Mapper 3.3, então você tem que clicar em EFFECTS no VDJ (não o de cima, mas o que está acima da play-list) e depois em EXTERNAL DEVICES... feito isso, vai aparecer pequenininho numa lista o nome bcd2000... clica nesse nome.
Ao fazer isso, aparece o painel de controle do Mapper 3.3 feito pelo Max Mora... brinque a vontade com as configurações... no meu, deixei assim:

CUE MODE: Desabilitado
SYNC MODE: Habilitado
BROWSE MODE: Habilitado
MASTER LEVEL 50%: Habilitado
GAIN LIMITER: Habilitado (esse eu recomendo deixar assim... vc ganha um limiter no BCD3000 que evita distorções quando a música está muito alta)
C.FADER ONLY VIDEO: Desabilitado (senão o Cross Fader não funciona nas mp3!!! que idéia!)
JOGS ON: Habilitado
Antes que alguém pergunte... não sei pra que o Browser Mode nem o Jogs On... não ví diferença de funcionamento do VDJ habilitando ou desabilitando isso...
Em SCRATCH SENSITIVITY deixei com 136 (mais ou menos no meio)
SEEKS SENSITIVITY com 194 (quase no final)
e BEND SENSITIVITY com 333 (quase no começo)

Feito esses ajustes, o "prato" do BCD3000 ficou excelente!
Enquanto testava as configurações, alguns botões passaram a funcionar apenas quando se clicava duas vezes neles... pra falar a verdade, quase todos ficaram assim mas não se assuste, basta reiniciar o a controladora e o computador que isso normaliza... esse problema só aconteceu durante os testes de configurações... acho que mexí demais... depois que vc acerta a configuração final e religa tudo, esse efeito desaparece.
Bom... vamos aos outros controles...
Os controles do MIC INPUT (High, Low e Mic Level) funcionam bem e sem sustos...
As teclas CUE A, CUE B e KEY-DECK A + B são praticamente inúteis... não sei se fui eu quem fiz besteira na configuração mas parece que elas não tem muita função no VDJ com o BCD3000... CUE A e CUE B só ativam o phone de ouvido no VDJ (placa de som) mas não têm efeito na controladora... e depois que instalei o Mapper 3.3 eles pararam de funcionar, assim como KEY DECK A + B que antes acendia e apagava mas não fazia nada... depois do Mapper nem acender acendia mais (rs).
No painel FX Control que controla os efeitos do VDJ tive dois comportamentos diferentes AM e DM (Antes do Mapper e Depois do Mapper).
Antes do Mapper:
A tecla ON ativava os efeitos do Deck A e a tecla ACTION os efeitos do Deck B... nesta configuração FX Down e FX Up não faziam nada... nem acendiam.
Os controles de volume 1 e 2 ajustavam os efeitos do Deck A e os controles 3 e 4 os do Deck B...
Depois do Mapper:
A tecla ON ativa o Loop Sampler do Deck A e a tecla FX Down ativa os efeitos do Deck A. A tecla ACTION ativa o Loop Sampler do Deck B e FX Up os efeitos do Deck B... os controles 1, 2, 3 e 4 não sofreram mudanças...
Gostei mais da configuração depois do Mapper por que antes não dava para acessar o Loop Sampler do VDJ mas achei pena não poder "navegar" pelos Samplers e efeitos pela controladora... não tem jeito... tem que usar o mouse mesmo... talvez um dia algum louco configure o CUE A e CUE B para acessar o Deck A e B para podermos utilizar FX Up e FX Down para navegar entre os efeitos e samplers... podíamos alternar entre eles utilizando Key DECK A + B hehehe... viu? Quem disse que falta botões no BCD3000?
No VDJ baixei um pacote com vários efeitos... testei todos e alguns travavam o VDJ... acabei selecionando estes:
AutoCut, Backspin, BBK, Beat Break, BeatGrid, Boomerang, Brake, Cueloop, Cut, Fade, Filters, Flanged Loop Out, Flanger, Flippin Doubles, Flippin Doube (é diferente do outro sim!), Forward Reverse, Funny Flanger V2, Key Charger, Loop Back, Loop Beats, Loop Out, Matrix V1.1, Metal, Overloop, Reverse, ShakerBeat, TK Filter V2, TTS, Vocals + e XFade. No final do post, vai ter um link para download deles... basta você desconpacta-los e copiar tudo para a pasta Virtual DJ/Plugins/Sound Effect que fica dentro de Meus Documentos. Ao iniciar o VDJ os efeitos são automaticamente carregados...
Continuando, os controles de Phones Vol e Phones Mix são bem limpos e claros... tem gente que não gosta dizendo que essa técnica de utilizar um controle de volume para misturar os dois canais no phone é ultrapassada e antiga... como estou acostumado com isso, gostei!
Antes de finalizar com a avaliação final, vou falar de um problema chatinho que tive com o BCD3000 na hora que usei ele no notebook... meu note é um Acer Aspire 5920 com 2Gb de memória e HD de 250Gb... o processador é um Core 2 Duo... mesmo carregado com uma penca de coisa (sou programador... ele tem um servidor de intranet e de banco de dados e um monte de programinha que come memória) roda redondinho o conjunto VDJ e BCD.
Para minha surpresa, quando ligava ele na tomada as caixas chiavam pra caramba dando problema de aterramento pra tudo quanto era lado (até lembrei do meu mixer Behringer ruizinho)... mas quando deixava na bateria, ele funcinava normalmente... tentei de tudo e nada fazia ele funcionar adequadamente...
Para vocês saberem, pra mim é criminoso arrancar o pininho terra do computador... sou técnico de informática e programador... sei dos problemas que isso causa... minha casa é toda aterrada.
Resolví o problema da chiadeira do notebook simplesmente colocando um adaptador na tomada, de modo que o pino do terra ficou sem utilização... pronto, a chiadeira acabou! Várias pessoas relatam esse problema com o BCD3000 e o 2000 mas não ví relato de como resolve-lo.
Um outro problema que falaram muito do BCD3000 era que a qualidade de som dele era inferior a de outros aparelhos... gente... na boa... não notei diferença nenhuma quando liguei o conjunto BCD/VDJ em minha aparelhagem de som... a mp3 é que pode ser ruim... isso se resolve de outro jeito...
Pra terminar esse imenso post, posso dizer com toda certeza que a controladora Behringer BCD3000 foi de longe o investimento mais interessante em som que já fiz até hoje... me amarrei muito nesse aparelinho que tem um preço honesto e faz tudo a que se propõe com excelente relação custo x benefício... com este post, acho que esclarecí várias dúvidas e desmistifiquei algumas coisas que falaram do BCD3000 em outros espaços na Net...
E pra quem fala que esse negócio de controladora com micro não dá certo... trava tudo... podem todos morder a língua... fiquei 2 dias (isso mesmo!!! dias!!!) com o VDJ e o BCD trabalhando em loops com o som baixinho para ver se travava... nunca travaram nem no meu notebook nem no meu desktop (que é um mero semprom 1.3 com 512 Gb de memória)... ambos carregados de programas... Tinha que fazer esse teste... sou técnico de informática, né?
Basta ter uma boa máquina, arquivos mp3 de boa qualidade e não ter malwares instalados (vírus, trojans, etc...) que essa dupla vai lhe proporcionar uma experiência bastante tranquila e divertida... livre de carregar um monte de trambolho (pickups, CDJs, cases pra discos e CDs etc...).
Boa diversão!

Download Maper Virtual DJ BCD2000/3000 v3.3

Download Maper Virtual DJ BCD2000/3000 v3.4

Download Manual de Instalação (em português) do Maper 3.4 para Behringer BCD 3000 no VirtualDJ

Download Efeitos Virtual Dj



By: MidiDeejay - Dj Caco